“Em Portugal, desde 1965, quando foi criado o Programa Nacional de Vacinação, que foi tomada a decisão de que o programa era para qualquer pessoa presente em Portugal, independentemente da sua condição e é assim. Qualquer pessoa em Portugal tem direito a ter uma vacina, independentemente da sua nacionalidade, se está ou não está legal, se está ou não está de passagem”, reforçou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A responsável falava aos jornalistas por ocasião da assinatura da carta de compromisso “Rede de Municípios Embaixadores da Vacinação”, esta manhã na Amadora, no distrito de Lisboa, realçando ainda a importância do trabalho dos municípios na vacinação.

“A vacinação tem vários níveis de governação e o nível se calhar mais importante é aquele onde estão mesmo as pessoas e, portanto, isso depende dos centros de saúde, das comunidades locais, das escolas e, obviamente, das autarquias”, afirmou Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde destacou ainda o papel importante das carrinhas móveis de vacinação, em vários concelhos do país, que permitem uma maior proximidade à população e melhorar as taxas de vacinação em zonas do país com taxas tradicionalmente mais baixas.

“As carrinhas, ou vacinar fora das unidades de saúde, são estratégias complementares de vacinação para atingir determinadas populações que por qualquer motivo frequentam menos os serviços de saúde e um dos motivos pode ser com receio, infundado, de que por não estarem, por exemplo, legalizados não devam ir à vacinação devem e podem”, disse.

Para a presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, a “proximidade” é um dos fatores chave na responsabilização e vacinação da população.

“O gerar proximidade é muito importante também nestas temáticas, muitas das pessoas que não têm a situação documental toda ela regular e têm receio de se aproximar dos organismos públicos e nesses casos, em particular, compete aos organismos públicos fazer o inverso do percurso e aproximarem-se das pessoas naturalmente”, afirmou Carla Tavares.

Para a autarca a vacinação deve ir além da área da saúde e depende “de cada um de nós enquanto indivíduos e entidades”.

“Não pode ficar só centrado na saúde, esta responsabilidade [da vacinação] não deve ser só cometida aos profissionais de saúde. Há as autarquias, instituições e escolas que têm aqui um papel muito importante na sensibilização em passar a mensagem, não podemos achar que só os profissionais de saúde têm essa responsabilidade, a missão terá seguramente muito menos sucesso”, disse Carla Tavares.

A “Rede de Municípios Embaixadores da Vacinação” teve hoje início, numa parceria da Direção-Geral da Saúde com a Câmara Municipal da Amadora e com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora “com o objetivo de articular e otimizar a colaboração dos municípios na promoção da literacia para a vacinação”.

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