“O Hospital Indonésio no norte de Gaza foi retirado de serviço e já não presta quaisquer serviços aos doentes ou feridos”, afirmou o ministério num comunicado publicado nas redes sociais.

Três hospitais públicos da região – o Hospital Kamal Adwan, o Hospital Beit Hanoun e o Hospital Indonésio – estão agora sem operar por ordem das forças militares israelitas.

O Ministério recordou que “o direito à saúde é um direito garantido por todas as leis e convenções” e, por isso, apelou à comunidade internacional para que pressione Israel a autorizar a reabertura dos serviços que prestavam cuidados a milhares de residentes, incluindo menores, mulheres grávidas, doentes e feridos.

O Ministério tinha divulgado hoje que o número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita subiu para 45.717 e o de feridos para 108.856.

Segundo a tutela, citada pela agência de notícias espanhola Efe, os números reais de mortos e feridos são mais elevados do que os avançados hoje, uma vez que estes não incluem os milhares de desaparecidos que permanecem sob os escombros e não podem ser resgatados devido à falta de maquinaria pesada, entre outras razões.

O balanço diário do Ministério da Saúde refere também que nas últimas 24 horas os bombardeamentos israelitas mataram pelo menos 59 pessoas e feriram 273.

O exército israelita tem bombardeado desde quinta-feira diferentes zonas da Faixa de Gaza com uma intensidade crescente, mas com maior ênfase no norte.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 7 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação em grande escala no enclave palestiniano, que matou acima de 45 mil habitantes, segundo as autoridades locais, e deixou o território destruído, a quase totalidade da população deslocada e mergulhada numa grave crise humanitária.

O Tribunal Penal Internacional emitiu em novembro passado mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o antigo ministro da Defesa da Israel Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, que as forças de Israel dizem estar morto.

Em causa estão as ações israelitas realizadas na Faixa de Gaza e os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, em que foram assassinadas cerca de 1.200 pessoas e raptadas mais de duas centenas.