A Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) tem reiterado a sua preocupação quanto ao encerramento da pista 17/35, previsto para a criação de um 'hub'

no Aeroporto Humberto Delgado, por ser a mais indicada para aterrar por razões de segurança, "entre três e quatro meses do ano", devido a ventos fortes.

Confrontado pela agência Lusa com estas preocupações, o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas assegurou que "em situações de indisponibilidade ou de emergência em Lisboa, todos aviões poderão aterrar no Montijo, ou divergir para Faro ou Porto, se as condições atmosféricas assim o aconselharem, tal como acontece atualmente".

No entanto, o ministério liderado por Pedro Marques admite que, "caso os estudos detalhados de segurança assim o recomendem, poderá ainda vir a ser reabilitada a pista secundária do Montijo (mais comprida), aumentando ainda mais a sua capacidade para acomodar os aviões de maior porte mesmo em condições de voo comercial".

A tutela garante também que "do ponto de vista operacional, ou seja, em situações de normalidade, os grandes aviões [intercontinentais] operarão em Lisboa e não no Montijo".

Desta forma, sublinha o Ministério, "com a solução agora proposta, nenhum avião ficará impedido de aterrar no Montijo, em caso de emergência e indisponibilidade da Portela".

A ANA – Aeroportos de Portugal prevê no seu plano de expansão do aeroporto de Lisboa o encerramento da pista 17/35 para aí instalar um 'hub'

e aumentar a capacidade de parqueamento de aviões, confirmaram à agência Lusa os pilotos e fontes ligadas ao processo.

"No que concerne ao Aeroporto do Montijo vir a ser um complemento ao Aeroporto Humberto Delgado, a direção da APPLA manifestou a sua preocupação com o facto de esta situação poder a levar a um eventual encerramento da pista 17/35 do Aeroporto de Lisboa", referem os pilotos num comunicado divulgado hoje.

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