O arquipélago dos Açores já estava sob aviso amarelo devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, mas o período foi alargado às ilhas dos grupos oriental (São Miguel e Santa Maria) e central (Terceira, São Jorge, Pico, Faial e Graciosa), deixando de existir para o grupo ocidental (Flores e Corvo).

Segundo um novo comunicado do IPMA, as ilhas do grupo oriental estão agora sob aviso amarelo entre as 23:00 locais (00:00 em Lisboa) e as 17:00 locais de sábado.

Nas ilhas do grupo central, o mesmo aviso está já em vigor, prolongando-se igualmente até às 17:00 locais de sábado.

Há ainda um aviso amarelo para estas cinco ilhas, relativo a vento, “com direção sul, rodando para sueste”, até às 08:00 locais de sábado.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que a situação meteorológica representa risco para determinadas atividades.

Desde sábado que foram registados milhares de sismos na ilha de São Jorge, mais de 170 sentidos pela população.

Na quarta-feira, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) elevou o nível de alerta vulcânico na ilha de São Jorge para V4 (de um total de cinco), o que significa “possibilidade real de erupção”.

Segundo o presidente do CIVISA, Rui Marques, a precipitação prevista, conjugada com a crise sísmica, pode provocar desabamentos em São Jorge.

O executivo açoriano decidiu, por isso, proibir o acesso às fajãs do concelho das Velas e retirar os habitantes que lá vivem.

O Plano Regional de Emergência da Proteção Civil dos Açores e os planos de emergência municipais dos dois concelhos da ilha (Velas e Calheta) foram ativados.

Segundo os dados provisórios dos Censos 2021, a ilha de São Jorge tem 8.373 habitantes, dos quais 4.936 no concelho das Velas e 3.437 no concelho da Calheta.