O navio de 25 metros partiu da Líbia e transportava pessoas oriundas do Bangladesh, Paquistão, Egito e Síria.

O grupo disse ter pago entre 4.000 euros e 8.000 euros pela travessia.

Segundo o ministro do Interior italiano, Matteo Piantedosi, 140.586 migrantes chegaram às costas italianas desde janeiro, o que representa um número muito superior às 75.833 pessoas que chegaram no mesmo período de 2022 e às 49.754 registadas em 2021.

“Há muitos meses que vivemos uma pressão migratória muito forte no Mediterrâneo Central, dirigida a Itália e, portanto, à Europa”, sublinhou o ministro na semana passada.

A ilha de Lampedusa, o território italiano mais próximo da costa africana, continua a ser o principal ponto de chegada dos pequenos barcos com migrantes, tendo recebido mais de 90.000 pessoas entre o início do ano e meio de outubro, o que representa 70% de todas as chegadas de migrantes este ano.

O ministro do Interior italiano lembrou ainda os desembarques massivos de embarcações precárias que este verão saturaram a capacidade de acolhimento de Lampedusa, “uma ilha com cerca de 6.000 habitantes, situada no centro do Mediterrâneo que, só no período entre 1 de junho a 30 de setembro, foi ponto de passagem de 64.051 pessoas” para outros pontos de Itália.

Na mesma intervenção no parlamento, Piantedosi mencionou a recente escalada das hostilidades no Médio Oriente, aproveitando o atual contexto para instar a Europa a controlar as rotas migratórias.