Localizada no centro da capital francesa, aí morreram 90 das 130 vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris.
Num comunicado publicado no 'site' do músico, o ex-líder dos Police afirma: "Na reabertura do Bataclan temos duas importantes tarefas: primeiro, recordar e homenagear aqueles que perderam as suas vidas no ataque de há um ano, e, segundo, celebrar a vida e a música que este histórico teatro representa".
A banda portuguesa Resistência também vai atuar em janeiro, na sala Bataclan, no âmbito das celebrações dos 25 anos da associação de jovens lusodescendentes Cap Magellan, como disse à agência Lusa uma das suas dirigentes.
"Quando soubemos que a sala ia reabrir em finais de 2016, fizemos o necessário para [o concerto] ser no Bataclan. Um grupo que se chama Resistência dar um concerto no Bataclan, com toda a história recente e o simbolismo da sala, pareceu-nos uma escolha natural", disse à Lusa Luciana Gouveia, delegada-geral da associação.
O concerto está previsto realizar-se no dia 29 de janeiro, encerrando o programa da comemoração dos 25 anos da associação, que vai ser constituído por várias atividades, sob o tema dos “Estados Gerais da Lusodescendência”, que se inicia no dia 28.
Os Resistência que vão tocar em Paris são Fernando Cunha, Miguel Ângelo, Olavo Bilac, Fernando Júdice, Pedro Jóia, Mário Delgado, Alexandre Frazão, José Salgueiro e Pedro Cunha, disse à Lusa um dos músicos.
Na noite de 13 de novembro do ano passado, a sala Bataclan, no boulevard Voltaire, no centro da capital francesa, foi alvo de um atentado terrorista, tendo morrido 90 pessoas, e várias ficaram feridas.
O atentado, que aconteceu paralelamente a outro no Estádio de França, na região de Saint-Denis, foi reivindicado pelo auto denominado grupo Estado Islâmico. No total, os atentados provocaram 130 mortos em diferentes partes da capital francesa.
A sala Bataclan tem agendados outros espetáculos, com músicos como Pete Doherty, Youssou N'Dour e Marianne Faithfull, entre outros.
O projeto Resistência surgiu no início da década de 1990, reunindo vários músicos, provenientes de diversas bandas, com um repertório assente em novos arranjos musicais de canções existentes.
O grupo, além de alguns de músicos que vão tocar a Paris, tem incluído também nomes como os de Tim, Fredo Mergner, Pedro Ayres Magalhães, Yuri Daniel e Rui Luís Pereira (Dudas), assim como Teresa Salgueiro, Filipa Pais e Anabela Duarte.
Dos êxitos do grupo contam-se, entre outros, "Amanhã é Sempre Longe Demais", "Chamaram-me Cigano", "Circo de Feras", "Fado", "Fim", "Marcha dos Desalinhados", "Não Sou o Único", "Nasce Selvagem", "Só no Mar", "Timor", "Voz-Amália-de-Nós", "Canção de Amor" e "Ser Maior".
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