O miradouro de Santa Catarina, também conhecido como Adamastor, foi encerrado ao público em julho de 2018, para obras de requalificação, orçadas em cerca de 330 mil euros.
Num requerimento enviado à Câmara Municipal de Lisboa, divulgado hoje, o BE critica o facto de as obras só se terem iniciado em abril deste ano e da ausência de informações relativamente ao projeto.
“Não só o projeto não foi discutido com a população e com as forças políticas representadas na Câmara Municipal de Lisboa, como, passado mais de um ano, o espaço continua encerrado ao público, sem data prevista para a sua abertura”, apontam os bloquistas.
Nesse sentido, o BE de Lisboa insta o executivo municipal, liderado pelo socialista Fernando Medina, a “abrir uma discussão com a população” sobre o futuro do miradouro.
“É urgente devolver o miradouro à população, abrir a discussão das iniciativas que serão adotadas para melhorar a segurança das pessoas, que confiram um maior dinamismo cultural ao espaço, em colaboração com as várias associações culturais, moradores e outras entidades presentes na freguesia”, defendem os bloquistas.
Em setembro do ano passado, os vereadores da Câmara Municipal de Lisboa tinham aprovado duas moções, apresentadas pelo BE e pelo PCP, que visavam que o miradouro não seja delimitado por vedações, nem venha a ter um horário de acesso, ao contrário daquilo que defende o PS.
“O miradouro é conhecido como um espaço intercultural que possibilita o encontro de diferentes gerações, artistas, culturas, num espaço único da cidade, com vista sobre o rio Tejo”, sublinha o requerimento do BE.
O documento questiona ainda o executivo municipal sobre a elaboração de um plano anual para dinamizar o espaço, garantindo o policiamento de proximidade no local e melhorar a estrutura de apoio da higiene urbana.
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