Numa pergunta dirigida ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, os deputados José Soeiro e Isabel Pires querem saber se foram realizadas ações inspetivas ao Super Bock Group e, em caso afirmativo, quais os resultados dessas.
Além disso, os bloquistas perguntam se a empresa requereu apoios públicos durante a pandemia da covid-19, para que efeito e com que fundamento.
Na passada terça-feira, em comunicado, o Super Bock Group anunciou que decidiu reduzir a sua força de trabalho em 10% devido ao impacto da pandemia.
A empresa explicou que a "significativa redução da atividade do Super Bock Group provocada pelo efeito da pandemia covid-19, bem como o cenário de recessão previsto para o futuro próximo, forçam a empresa a reajustar a sua estrutura para defender e proteger a sustentabilidade do grupo".
Já a Comissão de Trabalhadores (CT) da Super Bock Bebidas acusou a empresa de fazer "um ignóbil aproveitamento emocional" da pandemia covid-19 para reduzir postos de trabalho e salários, já que o grupo tem atingido resultados "extraordinários".
Para o BE, a confirmarem-se os factos invocados pela CT a situação consubstancia um "claro abuso" por parte da empresa, sendo "inaceitável" à luz da legislação laboral e dos "princípios de boa fé" na celebração dos contratos.
Por esse motivo, os bloquistas solidarizam-se com os trabalhadores do grupo.
No último relatório de gestão publicado no seu 'site', referente a 2018, o grupo indicava que tinha 1.310 colaboradores, dos quais 1.060 efetivos.
Além da cerveja Super Bock, o grupo conta ainda com as marcas de águas Pedras e Vitalis, a sidra Somersby, entre outras, além de uma aposta no turismo, com unidades hoteleiras, como o Vidago Palace e o Pedras Salgadas Spa & Nature Park.
Portugal contabiliza pelo menos 1.534 mortos associados à covid-19 em 39.392 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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