Em comunicado enviado à agência Lusa, o HESE indicou que a criança “está internada há dois dias com um quadro de infeção respiratória ligeira” e que “os resultados laboratoriais não são conclusivos”.

O hospital não excluiu “a possibilidade de se tratar de infeção por ‘legionella’” e que já “foi reportado à autoridade de saúde como caso suspeito”, realçando estar a aguardar “resultados de análises confirmatórias”.

Segundo o comunicado do HESE, o bebé nasceu no dia 28 de fevereiro deste ano no hospital de Évora e teve alta médica no dia 03 de março, mas recorreu ao Serviço de Urgência Pediátrica no dia 27 de março, ou seja, “24 dias após alta”.

A unidade hospitalar afastou, por isso, “a hipótese de se tratar de infeção adquirida na instituição”, uma vez que este tempo “é muito superior ao período de incubação”, que é entre “dois a 10 dias”.

“A família foi devida e atempadamente informada e a criança encontra-se com o tratamento adequado”, estando a sua “situação clínica melhorada”, acrescentou.

O HESE sublinhou que “não existe nenhum outro caso suspeito”, pelo que este será “um caso esporádico”, e que “a situação não representa qualquer risco de transmissão nem para as restantes crianças em internamento, nem para os profissionais do hospital”.

A bactéria ‘legionella’ é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.

A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.