O projeto de 6 mil milhões de dólares para perfurar petróleo e gás no estado do Alasca, que ganhou forma com Donald Trump, em 2021, tinha sido travado pela administração Biden que pediu mais estudos de impacto ambiental. Localizado dentro da Reserva Nacional de Petróleo, a exploração foi agora aprovada pelo atual presidente dos EUA.
Hoje, o projeto foi aprovado, mas com algumas diferenças. O projeto Willow foi reduzido a três áreas de perfuração, das cinco inicias solicitadas pela companhia. Esta decisão põe à prova uma das promessas feitas por Joe Biden, de que não permitiria novas perfurações em terras federais.
A aprovação deste projeto é uma vitória para uma das delegações do Congresso do Alasca e para o grupo de nativos do Alasca que defendiam a aprovação com os milhares de empregos que o projeto vai criar. Em declarações à CNN Politics, a Senadora Republicana do Estado do Alasca, Lisa Murkowski, afirmou que o estado está agora "na vanguarda de criar centenas de novos trabalhos, gerando biliões de dólares em lucro, e assim, melhorar a qualidade de vida na parte norte do nosso estado".
Do lado derrotado, os grupos ambientalistas já contestavam a possível decisão e até um movimento na rede social TikTok ganhou imensa tração nos últimos dias, com os #StopWillow e #StopTheWillowProject a atingir, respetivamente, 148 milhões e 150 milhões de visualizações na aplicação.
Mas os ambientalistas ainda não deitaram a 'toalha ao chão'. A "Earthjustice", um grupo de direito ambiental, já está a preparar um caso para levar o projeto novamente a tribunal, colocando em dúvida a autoridade da administração Biden para proteger os recursos e as terras públicas do Alasca. A Presidente da "Earthjustice", Abigal Dillen, criticou fortemente a decisão tomada.
"É demasiado tarde na crise climática para se aprovar grandes projetos de petróleo e gás que influenciem diretamente a nova economia 'limpa' que a Administração Biden se comprometeu.
Sabemos que o Presidente Biden compreende as ameaças climáticas e sabe que está a aprovar um projeto que vai contra os seus próprios objetivo climáticos", afirmou Dillen.
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