"Com base nas informações que temos até agora, parece que [o impacto] foi causado por um foguete fora de controlo lançado por um grupo terrorista em Gaza", declarou Joe Biden em Telavive depois da visita relâmpago a Israel efetuada esta quarta-feira.

Segundo um porta-voz do Departamento de Segurança Nacional, a investigação conclui que Israel é "não responsável" pelo bombardeamento ao hospital de Gaza.

"Continuamos a recolher informação, contudo, até ao momento, com base no que já foi recolhido, imagens, conversas intercetadas, podemos avançar que Israel não é responsável pela explosão no hospital de Gaza na terça-feira", disse Adrienne Watson, citado pela Axios.

As Forças de Defesa Israelitas (IDF) publicaram na rede social X (antigo Twitter), a gravação de uma conversa telefónica que as IDF afirmam "tratar-se de dois militantes do Hamas".

Os dois dizem que "os estilhaços no hospital não parecem ser de bombas israelitas, mas sim de rockets utilizados pela Jihad Islâmica", refere a Axios, acrescentando, contudo, que a autenticidade da gravação não foi verificada de forma independente.

Em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros Português disse esta tarde que não tem confirmação da autoria do ataque, mas acrescenta que os chefes da diplomacia dos Estados membros receberam informação detalhada do governo de Israel que apontam nesse sentido.

"Ouvimos explicações muito detalhadas nesta manhã por parte das forças israelitas de defesa. Nós não temos informações próprias nossas. No entanto, a informação de que poderá ter sido um míssil da Jihad Islâmica parece ser uma ideia bastante consolidada", declarou João Gomes Cravinho aos jornalistas, em Namur, na Bélgica.

Já o presidente da República, também em Namur, disse que "não se vai pronunciar", porque "não tem todos os elementos sobre a matéria".

*com AFP