A cerimónia, que decorreu na Sala Leste da Casa Branca, compensou as homenagens que tinham sido impedidas pela pandemia de covid-19, pois os premiados de 2021 puderam receber aquela distinção que pretende enaltecer o trabalho de pessoas e organizações em prol das artes no país.

"O general (George) Washington sabia que a grandeza de uma nação era medida não apenas pela força das suas Forças Armadas, pela vastidão da sua geografia e pelo tamanho da sua economia, mas também pela vitalidade da sua cultura", vincou Biden, parafraseando o primeiro Presidente norte-americano (1789-1797).

Os homenageados, destacou, são "extraordinários", pelo percurso no mundo da literatura, da música, da poesia ou da moda.

"O ‘boss’ [chefe, em português] está aqui", brincou Biden ao apresentar Springsteen, descrito como um dos maiores artistas e contadores de histórias dos Estados Unidos e cujo trabalho, segundo a Casa Branca, captou "a essência inabalável do que significa ser americano".

O cantor de 73 anos, autor de clássicos como "Born in the U.S.A." (1984), iniciou em fevereiro a sua primeira digressão com a E Street Band, desde a que realizou em 2017, tendo sido recebido com a maior ovação do dia.

O cantor e compositor porto-riquenho José Feliciano, que não pode estar em Washington por se encontrar em digressão, também recebeu elogios do chefe de Estado norte-americano.

Cego de nascença, Feliciano começou a tocar viola aos 9 anos e sua música ajudou a unir culturas e estilos e abriu as portas para gerações de artistas latinos, enfatizou Biden.

A Medalha Nacional das Artes, a maior condecoração da administração dos EUA na área, também foi concedida à estilista Vera Wang por tornar a beleza e o estilo "acessíveis a todos".

"Os vestidos dela sempre ficaram bem na minha esposa", brincou Biden.

As atrizes Mindy Kaling ("The Office") e Julia Louis-Dreyfus ("Seinfeild" ou "Veep") fazem parte da lista de vencedoras, no seu caso pela forma como inspiraram meninas e mulheres e por abrir caminho para os criadores do novas gerações, especificou a Casa Branca.

A artista de estudos chicanos Judith Francisca Baca, o pintor e escritor porto-riquenho Antonio Martorell Cardona, o empresário e filantropo Fred Eychaner, a cantora Gladys Knight e o Billie Holiday Theatre foram outros condecorados.

Biden também homenageou com a Medalha Nacional de Humanidades o trabalho daqueles que contribuíram para aprofundar o conhecimento deste campo e o compromisso dos cidadãos com a história, a literatura ou a filosofia, entre outros campos incluídos naquela disciplina.

O cantor britânico Elton John tinha recebido esta mesma medalha em setembro, que correspondia a 2022, num outro ato da Casa Branca.

Desta vez, o autor e poeta de origem cubana Richard Blanco foi condecorado por "uma poderosa narrativa que desafia as fronteiras de cultura, género ou classe", assim como a antropóloga Johnnetta Betsch Cole, o historiador Earl Lewis e o escritor Colson Whitehead, dois vencedor do Prémio Pulitzer.

"Eles fazem deste país um país melhor", resumiu Biden, que destacou que a Casa Branca, cenário da cerimónia, é "sagrada", não só como residência da família presidencial, mas também por ser "a casa do povo".

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