A ativista "tem suportado repetidas detenções, perseguições e torturas às mãos do regime iraniano, mas a sua luta e determinação só se tornaram mais fortes", disse Biden, em comunicado.
"Este prémio é um reconhecimento de que, mesmo estando atualmente detida injustamente na prisão de Evin, o mundo ainda ouve a voz de Narges Mohammadi apelando à liberdade e à igualdade”, acrescentou.
Biden sublinhou que a população iraniana rejeita ser silenciada ou intimidada na sua batalha por um futuro democrático e observou que os Estados Unidos continuarão a apoiar a sua capacidade de defender esses valores.
Como parte desses esforços, indicou Biden, Washington continuará a liderar a diplomacia nas Nações Unidas para “destacar, condenar e promover a responsabilização pelos abusos do Irão”.
Antes de Biden, já o enviado norte-americano para o Irão, Abram Paley, havia enaltecido a coragem da ativista iraniana.
"Narges Mohammadi é uma heroína para tantas pessoas no Irão e em todo o mundo. Hoje, o mundo inteiro está unido no reconhecimento da sua coragem", disse o enviado norte-americano na rede social X (antigo Twitter), numa reação à atribuição do galardão.
O Prémio Nobel da Paz 2023 foi hoje atribuído à ativista iraniana, em nome da "luta das mulheres no Irão contra a opressão", segundo anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Segundo o comité, a escolha desta ativista, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se também "à sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade de todos".
Esta é a quinta vez nos seus 122 anos de história que o Prémio Nobel da Paz é atribuído a alguém que está preso ou em prisão domiciliária.
Ao longo dos últimos anos, o regime de Teerão deteve 13 vezes Narges Mohammadi. A ativista foi condenada cinco vezes e está atualmente a cumprir uma sentença de 16 anos de prisão.
O Governo iraniano condenou a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Mohammadi e descreveu-o “como um ato político” e uma medida de “pressão” do ocidente que, na sua opinião, contribui para o “terrorismo económico e desumano” que alega que o Irão sofreu “por mais de quatro décadas”.
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