"No total, mais de 700 pessoas foram detidas por violar a lei sobre grandes eventos e os seus crimes serão examinados em tribunal", disse a porta-voz do ministério do Interior bielorrusso, Olga Tchemodanova.

De acordo com a organização não-governamental de direitos humanos bielorrussa Viasna, o número de pessoas detidas foi superior - pelo menos 1.200 pessoas – e a manifestação foi prontamente dispersa pela polícia, que usou granadas de atordoamento e gás lacrimogéneo.

Hoje, a líder da oposição bielorrussa, Svetlana Tikhanovskaya, disse que se encontrou com embaixadores da União Europeia e pediu mais sanções económicas contra empresas estatais bielorrussas e bancos ligados ao Estado.

Os países europeus já sancionaram Alexander Lukashenko, o seu filho Viktor e várias dezenas de membros do seu círculo e altos funcionários bielorrussos.

Svetlana Tikhanovskaya está refugiada no estrangeiro, como quase todas as figuras da oposição que não foram presas.

Desde o início dos protestos contra Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, milhares de pessoas foram presas, pelo menos quatro morreram e dezenas de outras denunciaram tortura e violência durante a sua detenção.

Apoiado por Moscovo, Alexander Lukashenko recusa-se a deixar o poder e apenas mencionou vagas reformas constitucionais na tentativa de acalmar o protesto.

Hoje, Lukashenko garantiu ter concordado em "transferir 70 a 80% dos poderes do Presidente para o Parlamento, para o governo e para outras estruturas" em favor de hipotéticas reformas das quais nada se sabe.