António Marto agradeceu a Francisco por ter trazido consigo "dois santos, os dois pastorinhos Francisco e Jacinta" e enalteceu que todos os olhos estão "fixos no papa Francisco", que é uma voz "profética claramente audível" num panorama mundial "cheio de perigos e medos".

A voz de Francisco, continuou o bispo na parte final da eucaristia de hoje, é uma "voz capaz de abater muros de separação, de lançar pontes de encontro entre os homens e os povos, de ser a voz dos sem voz (dos pobres, sofredores, descartados), de abrir caminhos de esperança e de paz, de levar a alegria do evangelho a todas as criaturas em quaisquer condições que se encontrem".

"Aqui estais connosco, peregrino entre os peregrinos vindos de todo o mundo, nesta assembleia da Igreja peregrina, Igreja vivia, santa e pecadora, para celebrar a ação de graças pelo centenário das aparições da Virgem Maria e pela sua mensagem de misericórdia, de esperança e de paz que daqui partiu, há 100 anos, para todo o mundo por intermédio de três crianças", afirmou o bispo.

Para António Marto, é uma "alegria imensa" receber o papa, que vem como peregrino, segundo o lema "Com Maria, peregrino na esperança e na paz", saudando a presença de Francisco, frase muito aplaudida pelos fiéis no recinto.

"Nesta minha breve saudação trago-vos o abraço e o afeto de todo o povo católico de Portugal, de todos os peregrinos e de tantos homens e mulheres de boa vontade que vos estimam", frisou.

O papa termina hoje uma visita de menos de 24 horas a Portugal, depois de ter presidido ao Centenário das Aparições e da canonização dos dois pastorinhos Francisco e Jacinta.

Jorge Mario Bergoglio é o quarto papa a visitar Fátima, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).