Para José Ornelas, também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), a JMJ é, também, a expressão da rejeição “de todas as formas de racismo, exploração e abuso”.
Na missa que hoje, no Parque da Cidade de Leiria, juntou cerca de 7.500 jovens estrangeiros que participaram nos Dias nas Dioceses em Leiria-Fátima, o prelado, citado pela agência Ecclesia, exortou-os a participarem na “construção de um mundo novo” e a estarem disponíveis para “o cuidar e servir”.
“A escuta é a primeira e a mais importante atitude para ouvir nesta JMJ — escutar a voz de Deus. (…) Esta JMJ é um tempo privilegiado para escutar a voz de Deus, na festa, no canto, na dança, nos novos conhecimentos e novas amizades, mas também no silêncio do coração que se abre à escuta”, afirmou José Ornelas.
Segundo o presidente da CEP, “Deus quer uma Igreja que seja mãe carinhosa no cuidado dos mais desprotegidos. A Igreja tem de ser um hospital de campanha, especialista em cuidar das fragilidades, das vítimas da fome, dos abusos, dos que fogem das misérias, os que anseiam justiça, dos anciãos na sua solidão”.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após um encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que contará com a presença do Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.
O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus.
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