Num requerimento hoje entregue na Assembleia da República, a bancada bloquista pede acesso, através do Ministério da Defesa Nacional, ao relatório do inquérito instaurado pelo chefe do Estado-Maior do Exército à morte do jovem, “a fim de conhecer as causas e os procedimentos que estiveram na origem deste trágico episódio”.
Um homem morreu no domingo, na sequência de um “golpe de calor” durante um treino dos Comandos, e diversos outros receberam assistência hospitalar, estando ainda internados cinco: um no Curry Cabral – e que hoje se encontrava em lista de espera para transplante hepático -, três no Hospital das Forças Armadas e outro no Hospital da Cruz Vermelha.
No pedido, os deputados João Vasconcelos e Pedro Filipe Soares consideram essencial que o inquérito “apure todas as responsabilidades”.
“Já no passado, o país foi confrontado com exercícios em cursos de Comandos que não respeitavam a integridade dos formandos. Foi isso que se repetiu”, perguntam os bloquistas.
Para o BE, “se assim for, só prova que no passado não se fez tudo o que se deveria ter feito e que os problemas apenas foram omitidos, para os abusos continuarem a ser perpetrados”.
O ministro da Defesa, José Azeredo Lopes, anunciou hoje que os cursos de Comandos do Exército vão ficar suspensos até ao final do inquérito à morte do militar, mas o Exército já esclareceu que o curso atualmente a decorrer – o 127.º - vai manter-se de forma “controlada e adaptada” e que apenas os próximos cursos é que vão ser suspensos até conclusão dos inquéritos em curso.
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