A informação foi transmitida pelo deputado comunista António Filipe, que preside temporariamente à primeira sessão plenária da XVI Legislatura, que não terminou na terça-feira, depois de três tentativas falhadas de eleição do presidente do parlamento. O recomeço dos trabalhos adiou-se para as 15h00.
O prazo para entrega das candidaturas para presidente da Assembleia da República foi novamente prolongado, desta vez até às 14h00, a pedido do PS, a que o PSD se associou, arrancando o plenário uma hora depois.
A informação foi avançada à Lusa por fontes parlamentares e confirmada pelo presidente da Assembleia da República em exercício, António Filipe, em declarações aos jornalistas.
Já o primeiro adiamento se tinha sabido depois da reunião que juntou Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos para tentar resolver o impasse após três tentativas falhadas de eleger o presidente da Assembleia da República na terça-feira.
Na última votação, o candidato proposto pelo PS, Francisco Assis, ficou à frente com 90 votos, tendo o nome social-democrata, José Pedro Aguiar Branco, ficado em segundo com 88 votos
Em causa está a eleição do presidente da Assembleia da República, que tem de ser realizada na primeira reunião plenária da legislatura por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções (116).
Na terça-feira, a primeira eleição do presidente do parlamento, feita por voto secreto, começou pelas 15h00 de terça-feira, apenas com o deputado social-democrata José Pedro Aguiar-Branco como candidato.
Pelas 17h00, era anunciado o primeiro falhanço desta eleição para presidente da Assembleia da República, já que o antigo ministro da Defesa obteve 89 votos a favor, 134 brancos e sete nulos.
Cerca de uma hora depois o PSD retirou a candidatura, mas pelas 19h00 o antigo ministro da Defesa voltou a reapresentá-la.
Pela mesma hora, o PS decidia avançar com a candidatura de Francisco Assis e o Chega de Manuela Tender.
Na primeira volta, o socialista vence por uma margem curta (90 contra 88 de Aguiar-Branco) e a deputada do Chega ficaria pelo caminho com 49 votos.
À segunda volta – terceira tentativa de eleição -, repete-se novo falhanço, com resultados muito semelhantes: 90 votos para Assis e 88 para Aguiar-Branco, sem que nenhum conseguisse a necessária maioria absoluta de votos favoráveis.
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