Um grupo de escuteiro do agrupamento 18 passou pela praça da Sé para “prestar homenagem às vítimas” dos fogos em Portugal, como indicou o chefe Miguel Salgado, mas também para deixar “um sinal de esperança” e “de que juntos” é possível “ultrapassar este momento difícil da vida nacional”.
Para fazerem jus ao mandamento que dita que “o escuta protege as plantas e os animais”, decidiram levar bolotas para entregar às pessoas que se encontravam na manifestação “para que possam semeá-la e ela possa dar um novo carvalho ou para que possam também com isso encontrar um meio para uma mudança de atitudes que também é preciso de cada um em particular”, referiu o Miguel Salgado.
“Vamos plantar carvalhos para ver se isto muda”, dizia, depois de pedir uma bolota, Olga Rodrigues, uma habitante de Bragança que se juntou à manifestação “Mais Fogos Não” organizada por um grupo de amigos que quis juntar Bragança às manifestações agendadas para hoje por todo o país.
Algumas dezenas de pessoas aderiram ao evento divulgado no Facebook e juntaram-se na praça da Sé, seguindo depois numa caminhada solidária pelo centro da cidade.
“É uma manifestação apartidária, queremos manifestar emoções, sentimentos e mostrar a nossa solidariedade com todas as vítimas dos incêndios e também uma homenagem aos bombeiros por todo o excecional trabalho que têm feito durante estes meses”, realçou Paula Mafra, da organização.
Os bombeiros marcaram também presença com uma equipa de cinco elementos e uma viatura na iniciativa que o subchefe José Paulo considerou “um alento muito grande, uma força enorme” para os soldados da paz.
O verão “correu bem” em Bragança, em matéria de incêndios florestais. “Temos algumas áreas florestais ardidas, mas em termos de bens e de pessoas, graças a Deus não temos nada a relatar”, indicou o subchefe dos bombeiros.
Entre os presentes encontrava-se também o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que fez questão de salientar que estava ali “na qualidade de cidadão”.
“Quis juntar também a minha presença a este movimento no sentido de prestar homenagem aos bombeiros, também às vítimas desta terrível situação provocada pelos incêndios a nível nacional, e esperar que efetivamente se faça tudo aquilo que deve ser feito e tudo que é possível para que tragédias como esta não voltem a acontecer”, declarou aos jornalistas.
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