Foi na presença do embaixador japonês da Boa Vontade da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a eliminação da hanseníase (nome como também é designada a Lepra), Yohei Sasakawa, que Bolsonaro alertou para a posição em que o país sul-americano se encontra.

"O Brasil está em segundo lugar do mundo em incidência de hanseníase. É uma vergonha falar isto, mas é a verdade, e tem que ser falada. Agradeço ao doutor Sasakawa por trazer esse problema aqui e nos mostrar o quão atrasado está o Brasil. Confesso que eu não sabia da extensão do problema e, de certa forma, da facilidade do tratamento", afirmou o chefe de Estado através de uma transmissão em direto no seu perfil na rede social Facebook.

De acordo com Bolsonaro, no Brasil, a cada 100 mil pessoas, 1,3 têm hanseníase, acrescentando que existem "mais de 100 mil" doentes com esta enfermidade crónica e transmissível no país.

"Isto acontece junto das pessoas mais pobres, em estados como o Pará e o Maranhão. (...) As pessoas mais humildes, tendo em vista onde habitam, são mais propensas a esse tipo de doença", frisou o governante, alertando para que a população esteja atenta aos sintomas, como manchas na pele.

Acompanhado dos seus ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, o Presidente brasileiro anunciou medidas para a eliminação da doença, tendo o executivo reforçado que o diagnóstico e tratamento são totalmente custeados pelo Estado.

"Esse Governo não cuida da Hanseníase apenas no Ministério da Saúde. A pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem uma coordenação nacional voltada para este tema. (...) Estamos, neste momento, a inaugurar a maior campanha da história do Brasil de combate à hanseníase. Temos o Presidente a liderar a maior campanha. Neste Governo iremos alcançar a erradicação da doença", prometeu a ministra Damares Alves.

De acordo com a OMS, todos os anos, mais de 200 mil novos casos da doença são detetados em todo o mundo, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total.

A hanseníase, conhecida no passado como lepra, é uma doença crónica, transmissível por vias áreas superiores, ou seja, tosse ou espirros, e pode afetar pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade.

De acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, a doença apresenta um longo período de incubação, podendo haver um intervalo, em média, de dois a sete anos, até que os sintomas se manifestem.

A hanseníase provoca alterações na pele e nos nervos periféricos, podendo ocasionar, em alguns casos, lesões neurológicas, o que gera níveis de incapacidade física.

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