Os antigos chefes de Estado de extrema-direita participarão na ‘Conservative Political Action Conference’ (CPAC), que começou na quarta-feira no Gaylord National Resort, situado na fronteira entre o estado de Maryland e o distrito de Columbia, e que se prolongará até sábado.
Em declarações ao portal Washington Examiner, o organizador do evento, Michael Schlapp, afirmou que será “uma honra” receber Bolsonaro para apresentar a sua perspetiva sobre o que está a acontecer na “luta pela liberdade” nos EUA e no Brasil.
Jair Bolsonaro encontra-se em solo norte-americano desde final do ano passado, para onde viajou antes da tomada de posse de Luiz Inácio Lula da Silva, que o derrotou nas anteriores eleições presidenciais do país.
Desde então, Bolsonaro tem aproveitado a sua permanência no estado da Florida para dar palestras em igrejas evangélicas ou para fazer transmissões nas redes socais com críticas a Lula da Silva.
A participação no CPAC será uma oportunidade para Jair Bolsonaro se encontrar com Donald Trump, de quem é um confesso admirador.
Trump será a atração principal da noite de sábado, procurando restabelecer o seu domínio no Partido Republicano após os resultados dececionantes nas eleições intercalares de novembro passado e o surgimento do governador da Florida, Ron DeSantis, como um sério rival de Trump na indicação Republicana para 2024.
Também no sábado, o deputado federal brasileiro Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, participará pela segunda vez nesse encontro de ultraconservadores, numa palestra intitulada “A ameaça vermelha chega às Américas”, ao lado de Mercedes Schlapp, ex-conselheira estratégica da Casa Branca, e Eduardo Verastegui, da CPAC do México.
A CPAC é organizada pela American Conservative Union (ACU) e decorre anualmente desde 1974. A organização descreve-a como “o maior e mais influente encontro de conservadores do mundo”, que junta centenas de grupos, ativistas e líderes do movimento.
O evento permite a uma série de políticos e personalidades dirigirem-se diretamente ao público conservador e inclui uma votação informal que serve como barómetro da opinião dos participantes em relação a possíveis candidatos.
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