“Eu tive a melhor vacina: foi o vírus. E sem efeito colateral”, disse Bolsonaro - que contraiu o novo coronavírus e já se recuperou da doença -,a um grupo de apoiantes, a grande maioria sem máscara, durante a sua visita à cidade de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina, na fronteira com a Argentina.

Tal como já fez nos últimos dias, Bolsonaro voltou a reunir-se com apoiantes sem recorrer ao uso de equipamentos de proteção contra a covid-19 e chegou a declarar a um dos seus seguidores que "não usa" esse tipo de material.

O chefe de Estado costuma reunir-se com os seus ministros, participar em eventos públicos e receber apoiantes fora do Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília, sem usar máscara ou sem manter o distanciamento social.

Desde o início da pandemia no Brasil, registada oficialmente no país em fevereiro, Bolsonaro minimizou em várias ocasiões a gravidade do novo coronavírus, que chegou a classificar de "gripezinha", embora tenha reconhecido na semana passada que se houve “extrapolações ou exageros” foi no intuito de encontrar uma solução para a pandemia.

O líder de extrema-direita também defendeu o uso de tratamentos sem comprovação científica para combater a doença, como a hidroxicloroquina, e, mais recentemente, opôs-se à obrigatoriedade da vacina, que acabou por ser determinada pelo Supremo Tribunal Federal do país.

Esta semana, Bolsonaro criticou ironicamente a vacina do consórcio Pfizer-BionTech (Estados Unidos-Alemanha), ao dizer que aquele fabricante se eximiu de responsabilidades pelos possíveis efeitos colaterais do imunizante.

"Lá, no contrato da Pfizer, está bem claro: nós [a Pfizer] não nos responsabilizamos por qualquer efeito secundário. Se você se tornar num jacaré, o problema é seu", publicou o chefe de estado na rede social Twitter.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (189.220 e mais de 7,3 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

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