Além de pedir a destituição do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, os organizadores das manifestações informaram que vão às ruas com as palavras de ordem "vacina no braço" e "comida no prato".

Estes protestos estavam marcados para 24 de julho, mas foram antecipados devido ao agravamento da crise política provocada por revelações da comissão parlamentar de inquérito (CPI) às ações e omissões do Governo brasileiro no combate à pandemia, nomeadamente informações sobre supostas irregularidades na compra de vacinas, incluindo denúncias de corrupção na compra do imunizante Covaxin, desenvolvido pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

Os protestos ganharam força na quarta-feira, quando vários correntes da sociedade brasileira, incluindo políticos como Alexandre Frota, Joice Hasselmann e membros de grupos de direita como o Movimento Brasil Livre - que lutaram a favor da destituição da ex-presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), em 2016 -, apresentaram juntos com partidos e movimentos de esquerda um novo pedido de destituição contra Jair Bolsonaro, em Brasília.

O chamado “super pedido” de destituição foi uma iniciativa organizada pela Campanha Fora Bolsonaro e uniu partidos políticos, movimentos sindicais e sociais, que juntaram informações sobre crimes alegadamente cometidos pelo Presidente brasileiro denunciados em 122 pedidos de destituição já apresentados contra o governante à Câmara dos Deputados num novo e único documento.

A ação pretende pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a abrir imediatamente um processo de destituição contra o Presidente brasileiro.

Segundo a Constituição do país, é prerrogativa individual do presidente da Câmara dos Deputados determinar a abertura de um processo de destituição de um Presidente da República.

Além de cidades do Brasil e de Portugal, protestos contra Bolsonaro devem acontecer também na Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, Itália e Reino Unido.