O presidente da Câmara desde 2013 vai encabeçar a coligação PSD/CDS-PP/PPM/Aliança e, desta vez, terá de se bater com Hugo Pires (PS), Bárbara Barros (CDU – PCP/PEV), Alexandra Vieira (BE), Eugénia Santos (Chega), Olga Baptista (Iniciativa Liberal), Teresa Mota (Livre) e Rafael Pinto (PAN).
O vencedor terá como tarefa gerir um concelho que, de acordo com os resultados preliminares dos Censos 2021, conta com 193.333 habitantes: 101.291 mulheres e 92.042 homens.
Segundo dados da plataforma Eyedata referentes a 2020, a população com menos de 15 anos representava 14,11% do total de residentes e a população com 65 ou mais anos equivalia a 17,36%.
O concelho, com 37 freguesias/uniões de freguesia, tinha 118 idosos por cada 100 jovens em 2019 e contava então com 10.315 estrangeiros residentes.
De acordo com a mesma plataforma, em 2019, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 1.145,80 euros (contra 1.207,01 a nível nacional). No ano passado, o número de médicos por mil habitantes era de 8,58 (acima dos 5,56 em Portugal).
A Câmara de Braga foi durante 37 anos comandada pelo socialista Mesquita Machado, mas está desde 2013 nas mãos de Ricardo Rio, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM. Para as autárquicas deste ano, esta coligação foi alargada, passando também a integrar o partido Aliança.
Houve também negociações com a Iniciativa Liberal, mas neste caso o acordo acabou por não se concretizar.
O PS, que em 2013 elegeu quatro vereadores e em 2017 três, aposta agora no antigo vereador Hugo Pires para tentar reconquistar aquele foi um dos bastiões do partido.
Hugo Pires foi vereador no último mandato de Mesquita Machado e é atualmente deputado na Assembleia da República. A sua escolha para candidato esteve envolvida em polémica, uma vez que o atual presidente da concelhia, Artur Feio, também se tinha disponibilizado para a ‘corrida’, mas acabou por vingar a decisão dos órgãos nacionais do partido.
Com a camisola da CDU, vai alinhar, desta vez, Bárbara Barros, que já este ano substituiu o vereador eleito, Carlos Almeida, para ‘ganhar balanço’ para o sufrágio.
As cores do BE vão ser defendidas por Alexandra Vieira, deputada na Assembleia da República, que já anunciou como objetivo “eleger para a vereação” e aumentar a representação do partido na Assembleia Municipal e nas Assembleias de Freguesia.
Criado em 2019, o Chega tem em Braga uma lista liderada por Eugénia Santos, antiga professora que abandonou a docência “desencantada” com o rumo da Educação em Portugal e que agora é ‘personal trainer’ num ginásio.
Depois de rejeitar o convite para integrar a coligação liderada por Ricardo Rio, a Iniciativa Liberal optou por apresentar uma lista liderada por Olga Baptista, farmacêutica que se assume como “minhota em toda a linha”, já que nasceu em Guimarães, cresceu em Vizela, trabalha em Fafe e vive em Braga.
O jovem Rafael Pinto lidera a candidatura do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), com o principal objetivo de eleger um elemento para a Assembleia Municipal na estreia do partido nas autárquicas bracarenses, enquanto Teresa Mota é a cabeça de lista do Livre, destacando como pontos fulcrais do seu programa a mobilidade, a habitação e o ambiente.
Atualmente, a Câmara de Braga é constituída por sete eleitos da coligação PSD/CDS-PP/PPM, três do PS e um da CDU.
As eleições decorrem no próximo dia 26.
*Por Vítor Costa Pereira, da agência Lusa
Comentários