Desde o fim de semana que Musk tem vindo a atacar o ministro do STF, que combate duramente a desinformação pela internet.
O bilionário chegou a chamar ao ministro "ditador" e pediu a sua demissão ou um impeachment contra ele. Musk também ameaçou desobedecer as ordens da justiça brasileira, que determinou o bloqueio de contas no X, especialmente de apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
Em resposta, Moraes determinou uma multa de 100 mil reais (aproximadamente 18 mil euros) por cada conta bloqueada que o X, antigo Twitter, reativar, o que até agora não ocorreu. Qualquer desobediência das suas ordens será imputável aos "representantes legais" do X no Brasil, acrescentou.
O ministro também incluiu o bilionário sul-africano no inquérito sobre as milícias digitais, acusando-o de suposta "instrumentalização criminosa" da plataforma.
Os advogados do X Brasil ressalvaram que a empresa tem "limites jurídicos, técnicos e físicos" para responder a estas medidas judiciais e que a justiça brasileira deve se remeter à X Corp. e à Twitter International Company, estabelecidas nos Estados Unidos e na Irlanda, respetivamente.
O X Brasil "não tem capacidade alguma para interferir na administração e operação da plataforma, tampouco autoridade para a tomada de decisões relativas ao cumprimento de ordens judiciais", acrescentou a empresa em nota enviada ao STF.
Moraes, no entanto, negou o pedido, frisando que "beira a litigância de má-fé". "Não havendo dúvidas da plena e integral responsabilidade jurídica civil e administrativa da X BRASIL INTERNET LTDA., bem como de seus representantes legais [...] perante a Justiça brasileira, INDEFIRO o pedido", escreveu o ministro na sua decisão.
Na segunda-feira, Musk, de 52 anos, desafiou Moraes a um debate público, antes de acusar o magistrado de cometer crimes. Além de ser um dos 11 ministros do STF, Moraes, de 55 anos, é o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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