Num anúncio feito na rede social Twitter, Jair Bolsonaro indicou que o general do exército Walter Souza Netto assumirá a Casa Civil, pasta que era ocupada por Lorenzoni, considerado o “braço direito” do chefe de Estado, e o coordenador da sua campanha presidencial, em 2018.
O Ministério da Cidadania, nova “casa” de Lorenzoni, era ocupado por Osmar Terra, que fica agora sem cargo no executivo e que, segundo Bolsonaro, retomará o seu mandato na Câmara dos Deputados.
Walter Souza Netto, militar de 63 anos, chefiava até agora o Estado-Maior do Exército, um dos principais cargos militares no Brasil.
Em 2018, sob o Governo de Michel Temer, Souza Netto comandou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro e foi também comandante militar do leste, responsável pelas atividades do Exército nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Desde que o atual Governo está no poder, há cerca de um ano, os militares sempre constituíram um grupo influente no executivo e voltam agora a ganhar força junto de Bolsonaro com a nomeação de Souza Netto.
O general ficará responsável pela Casa Civil, pasta que coordena o desenvolvimento das ações dos demais ministérios, sendo considerado um dos departamentos mais importantes de todo o Governo.
A Casa Civil tem ainda uma secretaria que trata da possível entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).
Já o Ministério da Cidadania é responsável pela área social do executivo, tutelando ainda a Secretaria Especial de Desporto, após a extinção desta pasta.
Após ter sido anunciado que Osmar Terra sairia do Governo, o agora ex-ministro indicou que estará “onde for mais importante” para a atual gestão de Bolsonaro.
“Eu estarei onde for mais importante para o Governo e para o Presidente Jair Bolsonaro. Sou deputado no sexto mandato, com muito orgulho. Agradeço ter ajudado o Brasil e quero continuar a ajudar onde estiver. Desejo sorte ao companheiro Onyx Lorenzoni”, escreveu Terra no Twitter.
Segundo o chefe de Estado, esta alteração ocorrerá na próxima terça-feira, numa cerimónia na sede da Presidência, em Brasília.
As mudanças do executivo de Bolsonaro têm sido uma constante desde que assumiu o poder, em 01 de janeiro de 2019, tendo exonerado, até ao momento, seis ministros.
Na semana passada, Bolsonaro exonerou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, e nomeou para o cargo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.
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