“A empresa [Vale] tem de reparar o estado fazendo grandes obras de infraestruturas. Obras de caráter social (…) Mas temos enfrentado bastante resistência da empresa”, disse o governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

Romeu Zema também frisou que se a Vale não fechar um acordo de compensação, a questão será alvo de disputa judicial.

Além das vítimas, o governador alegou que o desastre provocou preocupação sobre o abastecimento de água em Belo Horizonte, capital regional de Minas Gerais, porque um rio que abastecia a região foi atingido pela enxurrada de lama.

A Vale comprometeu-se a construir uma nova área de captação no rio Paraopeba, mas o governo de Minas Gerais alega que existem diversas barragens da mineradora no estado que podem ruir e afetar zonas e quer que a empresa faça mais obras de infraestruturação.

Em 25 de janeiro de 2019, a barragem da mina Corrego do Feijão da Vale, em Brumadinho, cedeu, despejando milhões de toneladas de lama e resíduos de minérios.

A torrente de lama castanho-avermelhada matou 270 pessoas, destruiu casas, estradas e árvores e contaminou rios.

Do total de mortos, 259 corpos foram encontrados enquanto 11 vítimas ainda são consideradas desaparecidas.