Por sete votos a favor e nenhum contra, os juízes determinaram que Crivella — que é pré-candidato à reeleição para a prefeitura do Rio de Janeiro — ficará inelegível politicamente até 2026.
O Tribunal entendeu que o prefeito usou veículos e funcionários da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), empresa de recolha de lixo do Rio de Janeiro, para promover um evento da campanha do seu filho Marcelo Hodge Crivella, que tentava eleger-se deputado federal, em 2018.
A ação foi movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que denunciou que a administração pública foi usada através da Comlurb para ampliar a repercussão do ato de campanha.
O prefeito foi ainda condenado a pagar uma multa de cerca de 106 mil reais (cerca de 16.400 euros ao câmbio atual).
A defesa de Crivella indicou à imprensa local que irá recorrer da decisão – que poderá ser revertida numa instância superior, como o Tribunal Superior Eleitoral ou o Supremo Tribunal Federal – e o autarca vai tentar a reeleição no cargo por mais quatro anos.
A primeira volta das eleições municipais brasileiras para eleger ou reeleger prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios do país está marcada para 15 de novembro.
O Rio de Janeiro vive uma grave crise institucional, tanto na administração da sua capital, como no executivo estadual.
O governador do estado, Wilson Witzel, está suspenso do cargo pela Justiça, após se ver envolvido num caso de corrupção relacionado com o alegado desvio de dinheiro da área da saúde.
Os dois candidatos favoritos às eleições para a Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, e o ex-prefeito Eduardo Paes, também enfrentam várias investigações por corrupção.
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