
O estado de emergência foi oficializado num decreto emitido hoje, que permite ao governo municipal de Manaus contratar pessoas, serviços e materiais para combater a pandemia sem licitações públicas.
A prefeitura de Manaus também suspendeu a autorização para a realização de eventos na cidade e estabeleceu o regime de teletrabalho para funcionários municipais não essenciais até março.
“Estamos adotando todas as medidas necessárias para contribuir de forma decisiva no combate à covid-19, especialmente neste momento em que a cidade vem registando um aumento de casos e, infelizmente, de mortes”, disse o prefeito de Manaus, David Almeida, citado numa declaração enviada à imprensa.
Manaus foi uma das primeiras cidades brasileiras atingidas pela pandemia no início do ano passado, quando hospitais recusaram pacientes e o cemitério da cidade foi forçado a enterrar pessoas em valas comuns.
Nesta semana, imagens e informações divulgadas por moradores de Manaus voltaram a mostrar a superlotação em hospitais, com pacientes aguardando tratamento em camas nos corredores.
Os hospitais reinstalaram contentores refrigerados fora de suas instalações para armazenar os cadáveres das vítimas da covid-19.
Manaus tem cerca de 2,2 milhões de habitantes e registou cerca de 3.400 mortes desde o início da pandemia.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (196.561, em mais de 7,7 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
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