A medida foi anunciada pelo em conferência de imprensa ministro da Defesa, Raul Jungmann, que explicou que o plano de segurança concertado com as autoridades do Estado do Rio de Janeiro é “diferente do que vem se passando no (Estado de) Espírito Santo, [no Rio de Janeiro] não há descontrole, não há desordem”.
O uso das Forças Armadas foi solicitado na segunda-feira pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, ao Presidente Michel Temer.
No mesmo dia, o Presidente brasileiro comentou os problemas de segurança no país, afirmando que “o Governo decidiu que as Forças Armadas estão prontas e disponíveis contra qualquer hipótese de desordem em qualquer Estado do país”.
Michel Temer também voltou a descrever a greve dos policiais militares do Espírito Santo como uma “insurgência”, já que estes profissionais “pela lei são impedidos de entrar em greve”.
Luiz Fernando Pezão pediu a ajuda das Forças Armadas para garantir que um movimento de familiares dos policiais militares na frente dos quartéis, semelhante ao que foi organizado no Espírito Santo, não afete o policiamento da capital carioca que deve receber um grande número de turistas durante o Carnaval.
Os festejos do Carnaval, entre os dias 24 e 28 de fevereiro, devem atrair 1,1 milhões de visitantes, de acordo com previsões da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Apesar do pedido do Governador ter solicitado o reforço no policiamento até 05 de março, as Forças Armadas devem permanecer em operação somente até ao dia 22 de fevereiro.
O ministro da Defesa disse que o prazo da operação é padrão, mas a situação será reavaliada e o patrulhamento das Forças Armadas pode continuar durante os dias de Carnaval.
Uma greve de polícias militares desencadeou uma onda de violência no Estado de Espírito Santo, onde há mais de dez dias muitos agentes ficaram sem patrulhar as cidades.
A ausência dos patrulhamentos policiais motivou uma onda de saques, assaltos, tiroteios e pelo menos a morte violenta de 140 pessoas.
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