Em comunicado divulgado pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros (Itamaraty) e da Indústria Comércio e Serviços, o executivo de Michel Temer considera que “as medidas causarão graves prejuízos às exportações brasileiras e terão um impacto negativo significativo nos fluxos bilaterais de comércio, amplamente favoráveis aos Estados Unidos nos últimos 10 anos”.

O Governo brasileiro afirmou que tem feito esforços para evitar a aplicação destas medidas desde o ano passado, lembrando que os produtos do Brasil não causam ameaça, mas são complementares aos interesses norte-americanos.

A nota refere que cerca de 80% das exportações brasileiras de aço não correspondem a produtos acabados e são utilizadas como produtos intermédios para a indústria siderurgia norte-americana.

O Brasil é o maior importador de carvão siderúrgico dos Estados Unidos (cerca de mil milhões em 2017), principalmente destinado à produção brasileira de aço exportado para os Estados Unidos.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou quinta-feira os decretos que confirmam tarifas aduaneiras de 25% às importações de aço e 10% às de alumínio, numa estratégia para proteger a indústria norte-americana.

As taxas protecionistas anunciadas por Trump visam combater a importação de produtos de países concorrentes como a China mas têm consequências diretas nas relações comerciais com outros parceiros como o Brasil ou o Canadá.

Para Brasília, as medidas anunciadas por Washington “são incompatíveis com as obrigações dos EUA ao amparo da Organização Mundial de Comércio, e não se justificam”.

“O Brasil reafirma que recorrerá a todas as ações necessárias, nos âmbitos bilateral e multilateral, para preservar seus direitos e interesses”, avisa o governo de Temer.

Na quinta-feira, os Estados Unidos informaram que vão começar a aplicar tarifas às importações de aço e alumínio dentro de 15 dias, excluindo “por agora” o Canadá e o México dessas medidas protecionistas.

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