A ‘holding’ britânica começou a ser investigada no Brasil há quase dois anos, após ter sido citada pelo ex-gerente da Diretoria de Serviços da Petrobras Pedro Barusco como autora do pagamento de subornos em troca de um contrato de fornecimento de turbinas para produção de energia, que foram instaladas em plataformas de petróleo daquela empresa petrolífera estatal brasileira.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que o acordo garantiu a devolução dos lucros obtidos em seis contratos mantidos com a Petrobras, no montante de 39,7 milhões de reais (11,5 milhões de euros), o valor integral pago a título de comissão a intermediários contratados para atuar junto da Petrobras, no montante de 20,7 milhões de reais (6 milhões de euros) somados a uma multa.
O valor negociado com o MPF será pago pela Rolls-Royce diretamente à Petrobras, no prazo de 90 dias contados a partir da homologação do acordo que ainda será submetido à análise da 5.ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal.
Segundo as autoridades brasileiras, a Rolls-Royce entregou ao MPF, ainda no início de 2015, os resultados de uma investigação interna e colocou-se à disposição da Justiça brasileira para esclarecer os factos e assumir a sua responsabilidade.
Em nota, o procurador Paulo Roberto Galvão, membro da operação Lava Jato, afirmou que a empresa britânica teve um “comportamento adequado de pessoas jurídicas que implantaram programas efetivos de integridade: ao invés de negarem os fatos e adotarem medidas para obstruir as investigações, espera-se que essas empresas promovam suas próprias investigações, forneçam todas as provas às autoridades sem restrições e busquem ressarcir todos os prejuízos causados”.
O acerto faz parte de um acordo global firmado pela empresa também com a Justiça dos Estados Unidos e Reino Unido.
A Rolls-Royce relatou às autoridades americanas e britânicas detalhes sobre pagamentos feitos a intermediários em outros onze países, além do Brasil.
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