No Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Aloysio Nunes, confirmou a libertação, citando a sua expulsão: “O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com a sua expulsão da Venezuela”.

Segundo o jornal, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro recebeu, esta madrugada, informações de que o Governo venezuelano estava a avaliar a expulsão de Jonatan Moisés Diniz, de 31 anos, do país.

“Funcionários do Governo brasileiro questionaram as autoridades venezuelanas se aconteceria uma visita consular antes disso, mas não obtiveram resposta”, escreve O Globo.

Mais tarde, foi comunicado ao Ministério das Relações Exteriores que o brasileiro tinha sido colocado num voo com destino a Miami, nos Estados Unidos.

O jornal adianta que ainda não foram divulgadas informações sobre os motivos que levaram à prisão do brasileiro e nem detalhes sobre a decisão de o libertar.

A saída só foi possível graças aos “intensos esforços do Ministério das Relações Exteriores através da embaixada e consulado em Caracas”, explicou uma fonte brasileira.

Ao Globo, a mãe de Jonatan, Renata Diniz, contou ter sido informada pelo ministério que o filho tinha sido libertado, mas disse não ter informações sobre o estado de saúde do filho, nem quando conseguirá falar ele.

Depois que chegar a Miami, Jonatan irá para o Brasil, avança o jornal brasileiro.

No Facebook, onde fez uma campanha pela inocência do filho, Renata Diniz agradeceu a todos que ajudaram na libertação: “Aproveito este espaço para agradecer cada palavra, cada atitude e cada abraço de todos que não mediram esforços: Itamaraty, direitos humanos, embaixada, políticos, religiosos, família, amigos, pessoas influentes e outras que continuam firme na nossa campanha”.

Jonatan estava detido desde o fim do ano passado na sede central do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), na capital venezuelana.

Esse foi o primeiro lugar onde as autoridades do consulado brasileiro o procuraram, mas num primeiro momento agentes do Sebin negaram que ele estivesse no local, chamado de “A Tumba” por ex-presos locais, lembra o jornal.

O Governo demorou mais de uma semana para descobrir que o brasileiro estava nesta espécie de prisão de segurança máxima do Sebin.

Jonatan Moisés Diniz mora nos Estados Unidos e viajou para a Venezuela para fazer trabalhos de caridade, no fim do ano passado.

No dia da sua detenção, Diosdado Cabello, membro da Assembleia Nacional Constituinte e figura de peso dentro do regime de Chávez, declarou publicamente que o brasileiro estava à frente de uma ONG chamada “Time to Change the Earth”.

De acordo com o dirigente venezuelano, a ONG serviria de fachada para promover atividades contra o Governo venezuelano na internet e nas ruas.

O regime venezuelano também o acusou informalmente de ser parte do grupo “Warriors of Angels” (Guerreiros dos anjos), e um dos supostos delitos cometidos por Jonatan teria sido a publicação em redes sociais de imagens de protestos contra o Governo de Nicolás Maduro, acrescenta O Globo.