“A posição de Portugal é clara: temos de evitar a todo o custo o pior dos cenários, que é uma saída sem acordo. Aguardamos com curiosidade e interesse o que o Reino Unido vai propor”, disse António Costa na Assembleia da República, no debate preparatório do Conselho Europeu desta semana.

O primeiro-ministro evocou as crescentes referências a um adiamento da data do ‘Brexit’, previsto para 29 de março, depois da rejeição pelo parlamento britânico, por duas vezes, do acordo negociado entre Londres e Bruxelas, afirmando que ele “é bem-vindo”, mas sublinhou que “é preciso saber para que serve”.

“É de curto prazo para resolver problemas técnicos? É mais longo para resolver um problema político interno britânico ou para obter apoio parlamentar ao acordo? Ou é passo de dilação que prolongue a incerteza?”, questionou.

Criticando indiretamente a posição negocial dos britânicos, ao afirmar que “ao fim de dois anos foi mais fácil haver uma posição negocial comum a 27 que no Reino Unido”, António Costa frisou que “não compete” a Portugal ou aos outros Estados-membros “dizer o que o Reino Unido deve fazer”, mas respeitar o que for decidido.

“Sobretudo para os países que não desejam a saída, como é seguramente o caso de Portugal e julgo que dos restantes 26, não temos pressa em que Reino Unido saia. Não podemos é fazer com que um adiamento seja simplesmente um processo de prolongamento agónico da incerteza para os cidadãos e para as empresas”, afirmou.

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