O chefe do executivo da União Europeia (UE), que cessa funções em 31 de outubro, argumenta que “o ‘Brexit’ está em desacordo com o sentido da história e do espírito de Churchill, que em seu tempo defendeu Estados Unidos da Europa”.

“Acredito que ainda temos possibilidade de chegar a um acordo” com Londres, refere Juncker, descrevendo o seu encontro com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na passada segunda-feira, no Luxemburgo, como “construtivo e parcialmente positivo”.

“Eu não compartilho a ideia de quem acha que Johnson está a brincar connosco e com ele mesmo. Penso que está a tentar encontrar um acordo que seja aceitável tanto para o parlamento britânico como para o Parlamento Europeu”, disse.

Durante a entrevista, Juncker expressou ainda o seu pesar pela Comissão ter decidido não intervir, em 2016, quando o Reino Unido realizou um referendo sobre a sua adesão à UE e em que quase 52% dos eleitores votaram a favor de uma saída.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, tem-se manifestado convicto de que é possível conseguir alterações ao Acordo de Saída assinado em novembro por Bruxelas e pela sua antecessora, Theresa May, nomeadamente substituir o ‘backstop’, e obter um acordo até à cimeira europeia.

Se não conseguir um acordo até 19 de outubro, nem conseguir autorização do parlamento britânico para uma saída sem acordo, Johnson terá de cumprir a lei que obriga o Governo a pedir um adiamento da saída por três meses, até 31 de janeiro.

Contudo, um novo adiamento do ‘Brexit’, inicialmente previsto para 29 de março, requer a concordância unânime dos restantes 27 Estados membros da UE, que se reunirão no Conselho Europeu de 17 e 18 de outubro.

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