Durante a conferência "A Europa e o Presente", organizada pelo jornal Público, no Porto, a bloquista considerou que o `Brexit´ é sinal de uma “fragmentação do projeto europeu”, acarretando uma “dimensão de crise”.

“Ou, então, como explicamos que num processo em que todos os partidos com assento parlamentar no Reino Unido e no Parlamento Europeu, com exceção do UKIP, defendem permanecer e que essa vontade não tenha qualquer correspondência com o voto popular”, questionou.

Salientando que as preocupações das pessoas no Reino Unido estavam muito longe das preconizadas pelos seus representantes, Marisa Matias disse que nada foi preparado, nem do lado da UE, nem do lado do Reino Unido.

“O que sabemos? Só sabemos o que o Reino Unido não quer, não quer permanecer, não quer acordo nas várias versões apresentadas, não quer saída sem acordo, não quer segundo referendo e isto é trágico”, reforçou.

Na sua opinião, a vontade dos britânicos tem de ser respeitada porque já seriam vezes de mais que se faziam referendos para, depois, não os respeitar.

Mas, ao mesmo tempo, acrescentou, é necessário perceber as dificuldades que um processo desta natureza acarreta, porque não há nenhuma vantagem numa “saída dura”.

“O ideal é que se chegue a um acordo. Na verdade, o Reino Unido já não estava no espaço euro, não estava no espaço Schengen, era um país que tinha um pé dentro e outro fora”, entendeu.

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