Depois de terem ouvido a primeira-ministra britânica, Theresa May, e, já sem o Reino Unido na sala, depois de terem escutado o ponto da situação pelo chefe-negociador da UE, Michel Barnier, os líderes dos 27 concordaram que, apesar das intensas negociações, “não foram alcançados suficientes progressos” que permitam fechar em breve um acordo global com o Reino Unido para a concretização do Brexit, pelo que a sessão de trabalhos acabou por ser curta.

De acordo com várias fontes diplomáticas, os 27 reiteraram a sua total confiança no negociador-chefe da UE e afirmaram-se prontos a convocar um novo Conselho Europeu, mas apenas “se e quando” Barnier der contas de progressos reais nas negociações com Londres que desbloqueiem o impasse a que se chegou e que inviabilizou um compromisso hoje.

A possível realização de uma nova cimeira em novembro, que chegou a ser sugerida pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi, portanto, descartada para já, pois a mesma visava formalizar um acordo caso fosse hoje constatado que o mesmo estaria próximo, mas Barnier reafirmou hoje que "é preciso tempo, muito mais tempo".

Os líderes europeus continuam reunidos em Bruxelas na quinta-feira, para uma sessão de trabalhos do Conselho Europeu dedicada sobretudo às questões das migrações e da cibersegurança, seguindo-se uma cimeira do Euro, na qual participará também o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno.

Portugal está representado no Conselho Europeu pelo primeiro-ministro, António Costa, que hoje não prestou declarações sobre o Brexit.