Em conferência de imprensa, Ursula Von Der Leyen confirmou que a Comissão Europeia vai propor ao Conselho Europeu a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidata à UE.
“Temos uma mensagem clara, que é: sim, a Ucrânia merece a perspetiva europeia, e sim, a Ucrânia deve ser acolhida como país candidato”, anunciou em Bruxelas a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acrescentando que “todo o processo é baseado nos méritos”, pelo que cabe agora à Ucrânia proceder a todas as reformas necessárias para cumprir os requisitos para a adesão.
Relativamente às candidaturas da Ucrânia e da Moldova, o executivo comunitário entende que lhes deve ser concedido o estatuto de países candidatos à adesão “no pressuposto de que serão tomadas medidas numa série de áreas”, enquanto relativamente à Geórgia propõe que lhe seja dada a “perspetiva” de se tornar membro, mas a concessão do estatuto de candidato apenas depois de “abordadas várias prioridades”.
A proposta deverá agora ser analisado pelos chefes de Estado e de Governo dos 27 já na próxima semana, num Conselho Europeu agendado para 23 e 24 de junho, em Bruxelas.
Menos de uma semana após o início da invasão pela Rússia, a 24 de fevereiro, a Ucrânia apresentou formalmente a sua candidatura à adesão, e, no início de abril, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entregou em mão, em Kiev, ao Presidente Volodymyr Zelensky o questionário que as autoridades ucranianas entretanto preencheram e remeteram a Bruxelas, aguardando agora ansiosamente pelo ‘veredicto’ europeu.
O presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi anunciaram na quinta-feira o seu apoio à Ucrânia para receber o estatuto de país candidato à adesão à União Europeia, numa visita conjunta a Kiev sem precedentes desde a invasão russa em 24 de fevereiro.
Após reunião com Zelensky, os quatro líderes europeus afirmaram que são a favor da obtenção desse estatuto pela Ucrânia imediatamente, na véspera do Conselho Europeu (CE) que irá tratar desta questão em Bruxelas.
A UE, que conta atualmente com 27 Estados-membros – desde a saída do Reino Unido, consumada no ano passado -, atribuiu o estatuto de país candidato à Albânia, Macedónia do Norte, Montenegro, Sérvia e Turquia, e tem em curso processos relativos à Bósnia Herzegovina e ao Kosovo, que são considerados como potenciais candidatos, mas, em todos os casos, por diferentes razões, os processos não conheceram desenvolvimentos nos últimos anos.
[Notícia atualizada às 11h07]
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