“Todos os navios registados sob bandeira russa, bem como todos os navios que tenham trocado a sua bandeira russa ou registo marítimo para qualquer outro Estado após 24 de fevereiro, estão proibidos de aceder aos portos marítimos e fluviais búlgaros”, disse a autoridade marítima de Sófia, citada pela agência norte-americana AP.
As exceções serão aplicadas a navios em perigo ou que procurem assistência humanitária, ou navios que transportem produtos energéticos, alimentos e produtos farmacêuticos para países da UE.
A proibição está em conformidade com as sanções decretadas pela UE contra a Rússia por ter invadido a Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A Roménia e a Itália anunciaram medidas idênticas no sábado, também com efeitos a partir de hoje.
Em Portugal, a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos informou, no dia 11, que os navios com pavilhão russo passavam a “ficar impedidos de aceder aos portos” da UE a partir de sábado, 16 de abril.
O Reino Unido também fechou os seus portos aos navios russos no início de março.
A UE reforçou as sanções aplicadas à Rússia em 08 de abril, não só com a interdição dos portos, mas também com a proibição de os agentes rodoviários de carga russos e bielorrussos operarem no espaço comunitário.
Neste caso, também se aplica a exceção ao transporte de “produtos agrícolas e alimentares, ajuda humanitária e energia”, de acordo com a Comissão Europeia.
O quinto pacote de sanções da UE contempla igualmente um embargo das importações de carvão russo e outros combustíveis fósseis sólidos, a proibição de exportações para a Rússia, em particular de bens de alta tecnologia, até 10 mil milhões de euros, e novas sanções contra bancos.
Além das medidas restritivas da União Europeia, a Rússia foi alvo de sanções económicas e financeiras de países como os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão ou a tradicionalmente neutral Suíça.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 53.º dia, sem que haja um balanço preciso de baixas civis e militares, que diversas fontes, incluindo a ONU, admitem ser consideravelmente elevadas.
O conflito levou cerca de cinco milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para países vizinhos.
A Bulgária tornou-se membro da UE em 2007, juntamente com a Roménia, depois do alargamento de 2004, que abrangeu Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Letónia, Lituânia, Hungria, Malta, Polónia, República Checa e Chipre
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