"Neste momento não consideramos necessário expulsar diplomatas ou pessoal técnico da Federação Russa na Bulgária", afirmou o primeiro-ministro, no final de uma reunião com os responsáveis máximos da segurança, na qual participaram também vários ministros e os chefes dos serviços secretos.
Borisov mostrou apoio ao Reino Unido, mas reafirmou que são necessárias mais provas de que a Rússia está por detrás da tentativa de homicídio, tal como defende Londres.
O primeiro-ministro da Bulgária assegurou que uma prova de que a Bulgária está a levar o assunto a sério é que convocou o seu embaixador na Rússia, que voltará a Moscovo no dia 08 de abril.
Bulgária, que ocupa este semestre a presidência rotativa da União Europeia, é também membro da NATO, e tem mantido uma boa relação com a Rússia.
O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.
O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.
Em 14 de março, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.
Os Estados Unidos, cerca de vinte outros países - entre os quais 17 da União Europeia (UE) - e também a NATO decidiram a expulsão, no conjunto, de mais de uma centena de diplomatas russos dos seus territórios, em apoio ao Reino Unido.
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