“Comungamos aquilo que é a preocupação internacional e esperamos que a comunidade internacional e as Nações Unidas, como grande representação das nações, possa encontrar uma melhor solução. O mundo precisa de paz, de tranquilidade. O futuro para as próximas gerações deve ser construído com paz”, disse Ulisses Correia e Silva.
O primeiro-ministro falava hoje aos jornalistas na cidade da Praia no final da visita a uma empresa de novas tecnologias.
Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram no sábado ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à “ação monstruosa” realizada pelo regime de Damasco contra a oposição.
Segundo o secretário-geral da NATO, a ofensiva teve o apoio dos 29 países que integram a Aliança.
O Conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunido hoje, disse “entender” a intervenção militar de Estados Unidos, Reino Unido e França na Síria, e condenaram “o uso continuado e repetido” de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE consideraram que a situação atual deve ser usada para “revigorar” o processo para encontrar uma solução política para o conflito na Síria.
“A UE reitera que não pode haver uma solução militar para o conflito. Contrariamente a esta posição, desde o ano passado que o regime sírio, apoiado pelos aliados Rússia e Irão, intensificou as operações militares, sem salvaguardar as baixas civis. A UE condena veementemente todos os ataques, deliberados e indiscriminados, contra as populações civis e contra infraestruturas como hospitais e escolas”, sublinharam.
O Conselho concluiu também que qualquer “transição política genuína” tem de resultar das conversações de paz de Genebra (Suíça), e de respeitar a integridade e soberania do território sírio, e reforçou o apoio à oposição síria no seu compromisso de construção do processo político em Genebra.
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