"Esta decisão resultou da posição unânime recolhida durante a reunião do Conselho Cinegético de São Miguel, realizada na quarta-feira", adianta uma nota enviada às redações pela Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

A reunião contou com representantes das associações Agrícola de S. Miguel, de Jovens Agricultores, de Caçadores de Vila Franca do Campo, Associação Micaelense de Caça, Associação Portuguesa de Falcoaria e da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA).

A decisão da secretaria, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, será publicada sexta-feira em Jornal Oficial, prevendo-se também a proibição da libertação de cães de caça em qualquer tipo de terrenos onde exista ou ocorra fauna cinegética.

Além da interdição, na reunião do Conselho Cinegético de São Miguel ficou ainda acordado fazer um novo ponto de situação em setembro, logo que existam dados da monitorização em curso e o surto seja dado como extinto.

Nessa altura, proceder-se-á à revisão do calendário venatório, no sentido de ajustar a pressão de caça de acordo com os resultados da monitorização,

Apesar desta interdição da caça em toda a ilha de São Miguel "continua a ser possível recorrer a correções de densidade sempre que a abundância das espécies cinegéticas cause prejuízo nas culturas agrícolas", explica ainda o executivo regional.

A nova variante da DHV chegou aos Açores em finais de 2014, sendo o vírus transmitido por contacto direto entre coelhos doentes, contacto com material orgânico proveniente de coelhos doentes ou através de vetores vivos e de objetos contaminados.

Os caçadores e os cães de caça funcionam como um meio de disseminação da doença.