O furacão Ida continua a fazer estragos. Embora esteja a diminuir de intensidade — passando a tempestade tropical —, causou chuvas intensas que, por sua vez, inundaram caves, fizeram subir a água de rios e riachos para níveis recorde e transformaram estradas em canais.

Feitas as contas, até ao momento morreram pelo menos 18 pessoas na costa leste dos Estados Unidos, de Maryland a Nova Iorque. Na maior cidade do país são registadas nove vítimas mortais: muitas ficaram presas em caves inundadas.

As inundações obrigaram ainda à suspensão da circulação do metropolitano de Nova Iorque e à anulação de centenas de voos nos aeroportos de Newark, LaGuardia e JFK. Além das cheias, a tempestade também originou tornados, incluindo um que destruiu casas e silos em Mullica Hill, Nova Jersey, a sul de Filadélfia.

Devido aos estragos, Kathy Hocul, a governadora do estado de Nova Iorque, decretou "estado de emergência" após as inundações que afetam potencialmente cerca de 20 milhões de habitantes. O governador do vizinho estado de Nova Jersey, Phil Murphy, fez o mesmo.

"Estamos a viver um evento climático histórico com chuvas recorde em toda a cidade, inundações brutais e condições de estrada perigosas", afirmou o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, em declarações aos 'media'.

"Tomámos todas as precauções necessárias e mobilizámos os nossos recursos para que fossem preparados no terreno, mas a 'mãe natureza' faz o que quiser, e esta noite ela ficou muito zangada", disse Hochul à CNN.

Na memória dos americanos, após esta cheia catastrófica, está a super tempestade Sandy em 2012, que causou mais de 180 mortes. Agora, de olhos postos na Ida, espera-se que esta continue a deslocar-se para a Nova Inglaterra. Até lá, é provável que se continue a dizer que cai chuva em Nova Iorque, mas espera-se que com menos efeitos negativos.