A informação referente ao currículo de Ricardo Moutinho, o empresário que ficou responsável pelo projecto de construção do Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) e que recebeu 300 mil euros adiantados pelo município de Caminha, quando liderado por Miguel Alves, foi apagada.
De acordo com o jornal Público [acesso reservado] a autarquia de Caminha terá publicado um currículo que enaltecia as qualidades do empresário que viria a ganhar o contrato promessa de arrendamento e que fez o município adiantar a verba de mais de 300 mil euros à Green Endogenous, empresa liderada por Ricardo Moutinho.
Nesse currículo, podia ler-se que Ricardo Moutinho foi “controller na Unilever Jerónimo Martins”, foi “analista na Vodafone Ventures, em Londres”, e “director de investimentos na Goldman Sachs" também na capital londrina. Informação avançada pelo Público que diz estar a aguardar "confirmação" sobre a sua "veracidade".
Entretanto, outros projetos referidos no currículo - associados a outras marcas nacionais -, já foram desmentidos pelas próprias ao mesmo jornal.
O atual presidente da Câmara, Rui Lages, respondeu ao Público "admitindo uma alteração do texto, 'designadamente o posicionamento na página'", e remeteu a "responsabilidade para Miguel Alves".
No texto que foi entretanto retirado, podia ler-se que Moutinho foi "assessor" de Mário Centeno, quando este foi Ministro de Estado e das Finanças, e "assessor" da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR). Informação que ainda não foi confirmada.
O empresário era também identificado no currículo como sendo titular do grau de "doutor" (PhD), grau que o próprio veio confirmar não ter em entrevista ao Expresso.
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