O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, anunciou hoje que arrancam em junho as primeiras obras nas praças da cidade, de um total de cerca de 30 espaços, visando criar “novas centralidades”. “Vão ter início, a partir de junho, as [primeiras] obras”, disse o socialista Fernando Medina, que falava na abertura da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, acrescentando que as intervenções se inserem nas “cerca de 30 praças da cidade” incluídas no projeto “Uma praça em cada bairro”.
A agência Lusa questionou já a Câmara de Lisboa para saber quais as primeiras praças a entrar em obra, mas ainda não obteve resposta.
“No fundo, [são ao todo] 30 novas centralidades que permitirão o usufruto e uma vivência diferente da cidade que, não tenho qualquer dúvida, serão os principais instrumentos e os principais elementos de apoio que temos, enquanto autarquia, de oferecer à reabilitação urbana”, disse Fernando Medina. Segundo o autarca, “as dinâmicas que se vão gerar são dinâmicas vitais para a reconstrução e reabilitação de áreas alargadas da cidade de Lisboa”. Em causa está o “alargamento das zonas pedonais, instalação de ciclovias, criação de novas praças, com um novo espaço para as pessoas poderem viver na cidade”, afirmou.
Criado em maio de 2014, o programa “Uma praça em cada bairro” visa dinamizar o espaço público da cidade privilegiando os acessos pedonais em detrimento da circulação automóvel. A Câmara de Lisboa indicou, recentemente, que a reabilitação da Praça da Figueira e do Largo do Rato, abrangidos pelo projeto, não vai ser feita neste mandato. Para 2017 foi também adiada a obra de requalificação da Praça do Chile, por interferir com a ampliação da estação de Arroios, que o Metropolitano vai concretizar em breve.
No seu discurso, Fernando Medina reiterou que Lisboa vive “um período único e excecional”, em termos de reabilitação, que a Câmara tem “de saber aproveitar (…) sem hesitar”, mesmo que isso crie “novos problemas”. Para justificar a atual situação, Medina apontou o “dinamismo do ponto de vista do turismo da cidade”, da “captação de estudantes estrangeiros”, do “mercado imobiliário na cidade” e do “investimento estrangeiro”.
A III Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa decorre até domingo na Sociedade de Geografia, reunindo investidores do setor.
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