Em comunicado do gabinete do vereador responsável pelo pelouro do Planeamento e do Urbanismo, Ricardo Veludo, é referido que já foram aprovadas em reunião do executivo municipal as alterações ao loteamento localizado entre a Avenida das Forças Armadas e a Avenida Álvaro de Pais, que correspondem ao empreendimento “Praça de Entrecampos” e permitirão a construção de cerca de 500 habitações de renda acessível.
As alterações agora introduzidas preveem que, num dos espaços dos lotes municipais, seja instalada uma sala de estudo a funcionar 24 horas por dia.
Além disso, está previsto o acréscimo de, pelo menos, mais 20 lugares de estacionamento à superfície para atuais moradores com dístico da EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa), além dos previstos para os novos residentes e empresas.
O projeto prevê também uma área de jardim de “utilização coletiva”.
O loteamento, é referido na nota, é composto por 10 lotes: dois já construídos, dois que não sofreram alterações e seis “que foram agora objeto de alteração e aprovação, dos quais cinco são municipais para integração no Programa de Renda Acessível e um é privado.
“Trata-se do início da concretização de uma grande obra pública de habitação para a classe média e para os jovens de Lisboa, a ser desenvolvida pela empresa municipal SRU [Sociedade de Reabilitação Urbana] Lisboa, cuja construção deverá ter início ainda em 2020 após a realização dos respetivos concursos públicos internacionais”, salienta Ricardo Veludo (Cidadãos por Lisboa, eleito na lista do PS), citado no comunicado.
O regulamento da Renda Acessível estabelece que cada pessoa ou família deverá gastar no máximo 30% do seu salário líquido na renda. De acordo com a câmara, o valor da renda de um T0 varia entre 150 e 400 euros, o de um T1 situa-se entre 150 e 500 euros e um T2 terá uma renda que pode ir dos 150 aos 600 euros, enquanto as tipologias superiores contarão com uma renda mínima de 200 euros e máxima de 800.
O primeiro concurso de casas de renda acessível em Lisboa teve 3.170 candidaturas e o sorteio desta primeira bolsa de 120 habitações realizou-se na semana passada.
Os candidatos que não foram contemplados com nenhuma das 120 casas do primeiro concurso mantêm a inscrição do Programa de Renda Acessível e serão notificados da abertura de novas ‘bolsas’ de habitações. A autarquia pretende lançar mais concursos ainda este ano.
Para o primeiro concurso do Programa de Renda Acessível, a Câmara de Lisboa recuperou 120 habitações em diversos pontos da cidade, com tipologias T0 a T4.
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