Trata-se do Lar das Cinco Freguesias, que está a ser construído na aldeia de S. Miguel do Pinheiro, no concelho de Mértola, no distrito de Beja, no Alentejo, para "dar resposta a uma necessidade identificada há muitos anos pelo Conselho Local de Acão Social", explicou Jorge Rosa.

Segundo o autarca, o lar, que é "uma das mais importantes e necessárias obras públicas feitas no concelho", começou a ser construído no início do primeiro trimestre deste ano, mas só no sábado é que o município vai lançar a primeira pedra da obra, numa cerimónia que deverá contar com a presença do ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva.

A obra deverá terminar no final de 2019 e o lar deverá começar a funcionar no terceiro trimestre de 2020, estimou o autarca.

O novo equipamento, que terá valências de lar, centro de dia e apoio domiciliário, "vai permitir dar uma resposta social muito mais eficaz" aos idosos residentes nas cinco freguesias do sul do concelho de Mértola que estiveram na origem do projeto e do nome do lar e que estão "carenciadas e distantes" de serviços e equipamentos sociais do género.

Trata-se das freguesias de Espírito Santo e S. João dos Caldeireiros e das três que, atualmente, compõem a União de Freguesias de S. Miguel do Pinheiro, S. Pedro de Sólis e S. Sebastião dos Carros.

No entanto, o lar, que tem capacidade para 63 utentes, poderá também, depois de assegurar as necessidades daqueles residentes, alojar e servir idosos de outras freguesias de Mértola e de outros concelhos.

Por outro lado, o lar, que vai criar entre 25 e 30 postos de trabalho, "um número muito importante para o concelho de Mértola", também é um projeto "interessante" para criar dinâmica económica e emprego, fixar pessoas e combater o despovoamento, frisou.

O equipamento será composto por dois pisos e terá 39 quartos, entre individuais, duplos e triplos, uma sala de enfermagem, salas de convívio, um refeitório, instalações sanitárias adaptadas a pessoas com mobilidade condicionada e espaços exteriores.

De acordo com Jorge Rosa, quando o projeto começou a ser pensado, há mais de 10 anos, as cinco freguesias do sul do concelho agruparam-se e criaram uma associação para construir e depois gerir o lar.

"Mas, por vários motivos, tal não foi possível" e o município assumiu o processo e está a construir o lar.

O modelo de gestão ainda não está definido, "mas, seja ele qual for, terá sempre a participação das cinco freguesias e do município", disse.

A Câmara de Mértola contraiu um empréstimo bancário de 2,75 milhões de euros, dos quais um 1,5 milhões vão servir para financiar parte da construção do lar, sendo o resto financiado por fundos próprios do município, que pretende candidatar a obra a cofinanciamento comunitário.