A tomada de posição do município, enviada hoje à agência Lusa, foi aprovada pela maioria comunista, com os votos contra da oposição PS, em reunião de câmara e vai ser remetida aos grupos parlamentares e gabinetes do primeiro-ministro e da Presidência da República.
Em comunicado, a autarquia realça que a Avenida Gago Coutinho é a “artéria principal da cidade”, da competência da empresa Infraestruturas de Portugal (IP), para onde “confluem as estradas nacionais (EN) 2, 4 e 114”, sendo atravessada por “um número elevadíssimo de veículos pesados de transporte de mercadorias”.
“Quer pela sua extensão quer pelo seu papel agregador, esta avenida exige uma perspetiva e uma ação integradora e qualificadora que fortaleça as valências económicas e a especialização funcional e que promova a qualidade do ambiente urbano”, assinala o município.
Nesse sentido, alerta que o trânsito de veículos pesados com mercadorias tóxicas e perigosas “é um obstáculo à concretização deste objetivo e uma preocupação permanente” do município, devido ao “risco claramente identificado pelas autoridades com responsabilidade nesta área”.
Citando uma contagem efetuada pelo Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo, em 2013, a autarquia adianta que a média diária de circulação foi de onze mil veículos, dos quais cerca de dois mil são pesados de mercadorias e, desses, uma centena transporta matérias perigosas.
A Câmara de Montemor-o-Novo diz que já estabeleceu contactos com os gabinetes do ministro do Planeamento e Infraestruturas e do secretário de Estado das Infraestruturas a propor o agendamento de reunião e visita ao local, lamentando a falta de respostas por parte do Governo.
Nesta tomada de posição, a autarquia alentejana considera que a limitação do tráfego pesado de mercadorias na Avenida Gago Coutinho “é uma medida urgente que deve ser tomada para evitar uma possível tragédia”.
O município quer discutir e viabilizar “uma solução definitiva” e propõe como alternativa provisória “o desvio do trânsito pesado de mercadorias que atravessa a cidade” para a autoestrada A6, “mediante a utilização dos nós este e oeste”.
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