“Na sequência das notícias vindas a público esta tarde sobre a ‘deslocação da base aérea n.º 1 de Sintra’ para Beja, a Câmara Municipal de Sintra, após contactos com o Governo, desmente formalmente a referida notícia que causou perplexidade no concelho”, refere uma nota da autarquia.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara, Basílio Horta, garantiu que “é evidente que a base aérea não sai de Sintra”, acrescentando que já falou com o ministro da Defesa sobre o assunto.
“Não sei o que disse o ministro da Economia, mas vi a notícia que foi dada, que põe na boca do ministro determinadas afirmações que não correspondem ao que diz a resolução do Conselho de Ministros, que não diz que a base aérea de Sintra é transferida para Beja. Isso criou em Sintra um clima de desconforto que era necessário esclarecer”, afirmou Basílio Horta à Lusa.
Hoje, em Viana do Castelo, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital disse que a deslocação da base aérea n.º 1 de Sintra para Beja vai acontecer na primavera, permitindo colmatar constrangimentos na gestão do espaço aéreo.
“A deslocação da base aérea n.º 1 de Sintra para Beja já na primavera do próximo ano vai libertar muitos constrangimentos na gestão do espaço aéreo na proximidade do aeroporto de Lisboa e permitir mais movimentos com menos constrangimentos do que aqueles que se verificam”, declarou Pedro Siza Vieira no 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Viana do Castelo.
O presidente da Câmara de Sintra garante agora que a base aérea não será deslocada, sendo que será até reforçada com a instalação do Centro de Formação Multinacional de Helicópteros militares da União Europeia.
“A resolução n.º 94/2019 do Conselho de Ministros apenas determina a transferência da esquadra de voo 101, da base aérea n.º 1, em Sintra, para a base aérea n.º 11, em Beja, até 22 de abril de 2020. A resolução determina ainda a transferência da esquadra de voo 552 de helicópteros, da base aérea n.º 11, em Beja, para a Base Aérea n.º 1, em Sintra”, esclarece a nota enviada pela autarquia, que lamenta “a instabilidade e dúvidas que a incorreta informação [do ministro] originou”.
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