A medida foi hoje anunciada durante uma reunião com representantes da autarquia e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFO) de Vila do Conde e Póvoa de Varzim com um grupo de trabalhadoras.

"A Câmara Municipal manifestou a existência de meios para ajudar as famílias que se encontrem em situação de emergência social. O Programa ‘Estamos Aqui', criado no atual contexto da Pandemia de covid-19, constituirá uma possível ajuda de âmbito social, assim como o ‘Espaço Vila do Conde 2020', um serviço municipal, onde poderão obter apoio na procura de emprego", informou a autarquia vila-condense, através de comunicado.

Nessa reunião, onde participou a presidente de Câmara, Elisa Ferraz, foi ainda combinada a criação de "uma linha especial de atendimento através da qual as trabalhadoras poderão tratar de várias questões, como o pedido do subsídio de desemprego".

"A Câmara Municipal disponibilizou um espaço para que os técnicos do IEFP possam atender, de forma faseada e em segurança, as funcionárias da empresa que, no decorrer da reunião, manifestaram preocupação pelas dificuldades que irão viver e, em alguns casos, já sentidas", pode ler-se no mesmo texto.

O município garantiu, ainda, que "a situação destas trabalhadoras será acompanhada com a atenção necessária para minimizar os impactos nas famílias deste tão grave problema".

Os cerca de 150 trabalhadores da têxtil Azincon, na maioria mulheres, ficaram no desemprego, depois da empresa ter apresentado um pedido de insolvência.

Segundo informação prestada hoje pelo PCP/Vila do Conde, a maioria dos trabalhadores da empresa já tinham passado por uma situação de ‘lay-off' simplificado, entre março e abril, devido às contingências da pandemia de covid-19, e ficaram sem receber os salários de julho e agosto e as respetivas indemnizações.

O Partido Comunista denunciou, ainda, que a empresa "procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores a este encerramento".

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter uma reação da empresa.